Rss Feed
  1. Em Chamas: Fogo inesperado

    quinta-feira, 28 de junho de 2012

    "Enquanto você viver, a revolução vive." Plutarch


    No segundo livro da trilogia de Jogos Vorazes, Suzanne Collins narra a volta de Katniss Everdeen e Peeta Mellark para o Distrito 12 e todas as consequências do que fizeram na arena. A Capital demonstra desgosto pela decisão final de ambos nos Jogos e encara como um desrespeito a si. O ano seguinte coincide com o Massacre Quartenário, no qual se impõe novas regras aos Jogos Vorazes do ano, como uma forma de comemoração ao aniversário de 25 anos do início dos Jogos, levando os personagens a situações totalmente inesperadas.
    Com certeza, Collins consegue usar todas as novas situações do livro para surpreender (e MUITO!) seus leitores, até mais do que ocorre em Jogos Vorazes. Porém, toda aquela névoa de criticismo que rolava entre os distritos e a Capital vai aos poucos se tornando cada vez mais imperceptível e fraca. Até Katniss, que tem papel importante nos momentos revolucionários da história, perde vários pontos onde poderiam haver ligações interessantes. Em contra partida, surgem personagens (menores) muito inteligentes, tais como Wiress e Beetee, que são as revelações junto com Finnick, que não vou nem descrever para não gerar spoilers.
    Quanto ao bondoso Peeta, pouca coisa muda. Podemos até pensar que a queda do criticismo de Katniss está relacionado a Gale, que aparece menos vezes na história dela, e que o aumento do romance da história se dê devido a Peeta. Gale, porém, pode até parecer menos, mas tem papel cada vez maior.
    Quando ler Em Chamas, prepare-se para muitas surpresas, mas não espere que supere o primeiro livro da trilogia. Aposto que a maior parte dos leitores que já o lerão, gostariam muito de saber como Suzanne consegue mudar totalmente o rumo de sua história no momento mais crucial dela.
    #Dica: Se você está lendo a trilogia de Jogos Vorazes pela critica, por favor, espere até o final do livro.
    #Dica 2: Em hipótese NENHUMA, abra a última página do livro.

    Nome: Em Chamas
    Autora: Suzanne Collins
    Editora: Rocco
    Páginas: 413

  2. Jogos Vorazes: Voraz protesto

    terça-feira, 26 de junho de 2012

    "_ Quem se importa? Isso aqui é um grande espetáculo. O que importa é como você é percebida." Haymitch

    A história de Jogos Vorazes, de Suzanne Collins se passa alguns anos depois de uma guerra que deixou a América do Norte devastada e gerou Panem, um país que inicialmente tinha 13 distritos, até que um deles se rebela contra a Capital (que é a Capital de Panem, criativo, não?) e é completamente massacrado por ela. Para lembrar o massacre para todos os distritos a Capital decide como castigos implantar os Jogos Vorazes, onde cada distrito deve sacrificar uma garota e um garoto que deve ir para arena lutar, até que só sobre um deles. Katniss Everdeen é do distrito 12 e narra sua história na arena dos Jogos Vorazes.
    Suzanne Collins soube muito bem misturar ação, aventura e romance, agrandando assim os mais diversos tipos de leitores (e telespectadores, muito embora, houve uma publicidade quase que excessiva do filme, mostrando a parte da ação), porém, a melhor parte da obra não é nenhuma dessas áreas e sim a crítica.
    Fica muito explícito na leitura o contraste que existe entre a Capital e os outros Distritos, especialmente o Distrito 12, o que fica claro nos pensamentos de Gale e da Katniss, que são os personagens com os olhares críticos. Não sei se todos os leitores que idolatram o livro perceberam a diferença descomunal entre a monotonia, a falta de cores, a falta de luz, a falta de alimento no Distrito 12, e a agitação, a felicidade, o excesso de tecnologias, o excesso de informação e de alguma forma, até mesmo de superficialidade que a Capital exala. E não é somente a diferença entre os Distritos e a Capital. Durante praticamente toda a leitura, é possível notar um tom de crítica a nossa atual situação de desigualdade social mundial e a falta de ação da comunidade a respeito.
    O romance do livro não é também algo comum. O clima de paixão rola entre Katniss e Peeta Mellark, também tributo do Distrito 12, porém como Katniss pode esquecer daquele que ela abandonou em seu distrito...? E além do mais, como se apaixonar por alguém que deveria ser seu inimigo? O romance é narrado com muito desentendimento entre o casal, muitos sentimentos além do amor que estão envolvidos, o que nos leva a dúvida sobre qual o limite do sentimento e do show.
    Jogos Vorazes é a antítese da aventura e do romance, da superficialidade e do sentimento, da sobrevivência e da morte, da família e de sua individualidade. Suzanne Collins publicou um livro que é necessário ler bem além das palavras para entendimento completo.

    Observação: Se você realmente não acreditou na critica subentendida do livro, procure a origem da palavra "Panem". Essa palavra provém da expressão "pão e circo" de Julio César de Roma, que foi uma política de venda de comida a baixos custos e investimento no entretenimento, para que a sociedade esquecesse dos problemas que passa. Familiar?

    Nome: Jogos Vorazes
    Autora: Suzanne Collins
    Editora: Rocco


  3. A Família Addams: Casamento macabro no Teatro Abril

    segunda-feira, 18 de junho de 2012

    Boa noite!


    A Família Addams no Teatro Abril. É esse o assunto da maior parte dos amantes de teatro do Brasil. Estreando os famosos Daniel Boaventura e Marisa Orth, a história se passa em New York, quando Wandinha resolve se casar com Lucas Beineke, de uma família simples do interior.
    Obviamente, o roteiro é muito engraçado. Com certeza, o personagem mais surpreendente é o Tio Fester (Claudio Galvan), impossível não rir em uma cena dele. Acredito também que ele deve ser o personagem que mais sofreu mudanças em relação aos teatros de NY, uma vez que a maior parte das piadas está relacionada à atualidade brasileira (com direito a até mesmo sucessos como Para nossa alegria :x). Tropeço, mesmo com suas dez falas nas duas horas de espetáculo, foi muito bem representado por Rogério Guedes e sua voz (mais do que) muito grossa.
    A parte musical também estava incrível. A voz de Wandinha (Laura Lobo) é de arrepiar, porém deixando um pouco a desejar na atuação (sem sal, deve aver uma Kristen Stewart dentro da Laura). Daniel Boaventura arrasa com a voz de Gomez e também no personagem (para variar...), retrata perfeitamente a relação marido-esposa x pai-filha. Paula Capovilla como Alice (pai do noivo de Wandinha) também foi incrível, sem mais.
    Marisa Orth também deixa a desejar em relação a Mortícia, acredito que ela foi uma das atrizes que está em cartaz para atrair espectadores. Não desmerecendo a sua atuação, que foi incrível, mas para um musical, a voz não foi o que deveria ser o esperado.
    Para todos os efeitos, é realmente uma comédia musical (pode ir, você não vai ser enganado) que de alguma forma consegue te fazer refletir sobre todos os relacionamentos (pai e filho, marido e esposa, noivo noiva, irmão e irmã). Você com certeza irá se divertir por boas duas horas.

    Nome: A Família Addams
    Elenco: Marisa Orth, Daniel Boaventura, Claudio Galvan, Iná de Carvalho, Laura Lobo, Nicholas Torres, Rogério Guedes, Wellington Nogueira, Paula Capovilla, Beto Sargentelli
    Onde: Teatro Abril
    De quinta a domingo.

    #Dica: Repare nos bonecos do espetáculo, estão MARAVILHOSOS! =)
         Melhor número: Mais louco que você, Bom caminho.

  4. Boa tarde galera =)
    Venho hoje falar sobre um dos livros mais divertidos que da literatura  contemporânea inglesa, "Os delírios de consumo de Becky Bloom", de Sophie Kinsella.
    Na agitada Londres, Rebecca Bloom é uma jornalista financeira que não consegue conter seu consumo. Consumidora compulsiva? Não, mas é claro que não! Só que qualquer dia ela pode precisar de um livro de receitas novo, um echarpe azul, um porta retrato novo... Irônica e extrovertida, Rebecca Bloom desenvolve a história de forma leve, própria para uma leitura de criado mudo.
    Impossível terminar de ler o livro sem ter vontade de pegar o primeiro voo para Londres e visitar todas as lojas que Kinsella descreve. Os personagens são igualmente maravilhosos, Luke Brandon é com certeza um dos melhores personagens ingleses: bonito, inteligente, rico, engraçado, e surpreendente.
    O livro, porém, deixa a desejar para aqueles que esperam que a história se assemelhe com a do filme. Se assistiu o filme, não espere que o livro seja parecido. A famosa echarpe verde não aparece no livro, nem a terapia de consumidores compulsivos. O livro se passa em Londres, ao invés de New York, não há o leilão, nem o casamento da amiga. Existem muitas cenas do livro que não aparecem no filme, por sua vez, mas prefiro deixar vocês na curiosidade :3
    Mesmo com tudo isso, continua sendo uma leitura bem gostosa, daquelas que não dá vontade de parar, e que muitas você pode até mesmo se identificar. Como é bem escrito na contra capa, não se deve esperar uma liquidação para comprar esse livro.

    #Dica: O livro é originalmente da Editora Record, e tem 432 páginas, o que o faz ter um preço... desnecessariamente caro, para o nível de leitura. Portanto, eu aconselho a comprarem a edição integral pocket da editora LM Pocket, um quarto do preço original.

    Nome: Os delírios de consumo de Becky Bloom
    Autor: Sophie Kinsella
    Editora: Editora Record/LM Pocket